Como se fosse um fermentador, o blog da Regional vem maturando cada vez mais as ideias de todos os escritores para entregar ao público leitor, o melhor da essência de cada um.E por falar em essência, sabem que existem várias cervejas pelo mundo que usam essência de alguma fruta para alterar o aroma e o sabor natural da cerveja produzida?Sim, existem várias, que colocam essência de chocolate, de frutas (principalmente as cítricas), de ervas e flores, uma infinidade de “aditivos” para criar um sabor diferente aos apreciadores da bebida dos Vikings.Há também os que utilizam frutas, cascas delas ou o sumo, flores naturais, ervas, mas aí o requinte é outro e o preço também.Por exemplo, uma cerveja com mel puro é bem mais cara do que uma cerveja com essência de mel. A essência para dar toque de mel no aroma e sabor custa aproximadamente 10% do calor da quantidade de mel para um barril de 50 litros de uma cerveja aditivada de mel puro.E assim é para todas as outras, as essências são produtos desenvolvidos por indústrias químico-alimentícia para entregar ao produtor, um subterfúgio de produzir um produto com “aroma e sabor” próximo ao do produto in natura, tornando assim esse produto mais acessível ao consumidor.Existem cervejas com aromas de todos os tipos, as Weiss tem a característica de aromas de casca de banana e cravo da índia, enquanto as ale ou lager tem um sabor refrescante com amargor baixo, diferente das estilo IPA (Indian Pale Ale) que tem um amargor ressaltado e não precisa de temperaturas tão baixas para serem apreciadas.Ainda vem junto com essa leva de cervejas de características distintas, as do tipo Lambic, que são originárias da Bélgica e tem como característica a fermentação espontânea. Portanto ela é amarga e com acidez ressaltada.Assim como são as pessoas, são as cervejas que tomam, cada um do seu jeito, cada uma em seu estilo, comungando entre os iguais ou abrindo frente para experimentar o novo.O que vale é respeitar o gosto e o paladar de cada um e dar um gole de toda a goela na felicidade.Sejamos felizes!!!Prostt! Skol!!!! Salud!!! Saúde!!!!...
Natal, é nascer. É ter o dom de renascer a cada ano e se permitir mudar para transformar.Referenciando o natal, busquemos no surgimento da comemoração e na etimologia da palavra alguns recursos para podermos aprofundar o tema.Originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis), a festividade foi ressignificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e então passou a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.A palavra natal do português já foi nātālis no latim, derivada do verbo nāscor (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer.Quanto aos presentes, isso já vem dos interesses comerciais em promoverem as vendas e arrecadarem dinheiro, ferindo totalmente o espírito de natal, onde precisamos enriquecer e renovar o espírito.A época de natal nos oportuniza buscar o nascer e o renascer, a chama da fé e da esperança renascem em cada um de nós. Olhamos para o que passamos e ajustamos os ponteiros para o por vir, mas será que objetivamos com a força necessária as coisas que buscamos.Independente de cada meta traçada, por cada um de nós, precisamos dedicar-nos também a semear a bondade. Isso sim muda o mundo.Natal é o nascer do espírito de bondade, facho de luz da vida, com ele nascemos novamente para construir um novo caminho, um mundo melhor, mas não podemos esperar que venha do outro esse mundo melhor, precisamos ser o mundo melhor. E ser de toda a intensidade.Geralmente depositamos nossas esperanças ou geramos nossas desculpas de não conseguir algo, no outro, em alguém ou em algo que irá promover a mudança, esquecemos da nossa responsabilidade.Se pararmos para pensar, porque não iniciar uma corrente de bondade por mim e vejo se ela aumenta o elo e vai crescendo até atingir cada vez mais pessoas?Mas a bondade deve ser caridosa, sem esperar nada de volta, mesmo sabendo que ela floresce e retorna pra nós, o impulso inicial deve ser despretensioso, livre de solicitação compulsiva de retorno, aí estaremos fazendo a verdadeira bondade.E a bondade é ato tão singelo, que se concretiza em simplicidade, basta dar um bom pra quem nem conhecemos, basta falar algo de positivo para quem aparenta tristeza, basta estender a mão ou dar um abraço a quem se sente sozinho e isso pode mudar o mundo de quem recebe essa bondade.Bondade é semente, que floresce e alegra o caminho, caridade é base que sedimenta esse caminho, então a gente é operário, pra construir e adornar o caminho, dando forma de alegria e bondade para quem aceitar a caminhada.Que o natal nos toque na força de cada fé, na energia que o universo gera e sustenta as vidas nesse mundo carregado de seres que nasceram para a felicidade, basta que façamos nossa parte para que ela transborde em nossos corações.Aproveitem com seus amigos, com seus familiares, com quem lhe faz bem, e celebre o natal, o nascimento, o renascimento, pois o bem e a bondade são irmãos de longa data e carregam nossas baterias para compartilharmos tudo isso com o mundo que nos cerca.Desejo que o presente mais caro e mais valioso nesse natal, que cada um vai doar aos seus, seja o amor incondicional e os abraços mais afetivos que o universo já sentiu.Natal é luz, é paz e é felicidade! Que a o mundo se faça luzsem limites pra iluminar,que a gente possa amarsem preconceito, sem pudorque tudo vire amore o amor semeie bondadenum ato incondicionalque a gente seja sementejogando o mundo pra frentelivrando de todo o mala música seja instrumentonossa voz, a interligaçãoentregando entretenimentorecheados de gratidãopois agradecer é o que nos competete desejando feliz natalum ano novo fenomenalda Radioregional.net...
Saudades minha gente, o Chê Cervejeiro andava afastado das escritas, mas voltou com tudo.E por falar em cervejeiro, cerveja, vamos escrever um pouco sobre a produção de cerveja caseira, uma prática que tomou conta do nosso país, mas que já é usual em outros territórios desde muito tempo.A produção de cerveja artesanal no Brasil começou tímida. Em 1830 os imigrantes começaram a produzir cerveja artesanal, mas apenas para o consumo da família. A cerveja artesanal no Brasil ganhou força no final do século XIX, quando o aumento dos impostos inviabilizou a importação da bebida.Nesse período, surgiram muitas cervejarias sem marca alguma, que vendiam a bebida em barris para os comércios. Muitas vezes, os próprios comerciantes engarrafavam a bebida.Em 1836, foi publicado no “Jornal do Commercio do Rio de Janeiro” o primeiro anúncio publicitário brasileiro da bebida. O anúncio dizia: “Na Rua Matacavalos, número 90, e Rua Direita número 86, da “Cervejaria Brazileira”, vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Essa saudável bebida reúne a barateza a um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo“. Em 1846, Georg Heinrich Ritter instala uma pequena linha de produção de cerveja na região de Nova Petrópolis – RS, criando a marca Ritter, uma das precursoras do ramo cervejeiro.A década de 40 desse século foi um período de grande desenvolvimento. Conheça outras cervejarias que surgiram até 1855: • Cervejaria Brasileira (RJ, 1836);• Henrique Schoenbourg (SP, 1840);• Georg Heinrich Ritter (Nova Petrópolis/RS, 1846);• Henrique Leiden (RJ, 1848);• Vogelin & Bager (RJ, 1848);• João Bayer (RJ, 1849);• Gabriel Albrecht Schmalz (Joinville/SC, 1852);• Henrique Kremer (Petrópolis/RJ, 1854);• Carlos Rey (Petrópolis/RJ, 1853). Apesar das novas oportunidades, os cervejeiros encontraram desafios. A falta de cevada e lúpulo, até então importados da Alemanha e Áustria, estimularam a produção com o uso de outros cereais como arroz, milho e trigo. Outra dificuldade era alto custo da refrigeração no país tropical. Beber uma cerveja gelada era algo raro.Para fazer cerveja em casa pode-se utilizar a água da torneira, que algumas vezes é melhor que a água oriunda de poços artesianos. Isto porque a água tratada geralmente vem de fontes rasas, contêm menos minerais pesados e pode ter um pH mais adequado. A principal informação que o cervejeiro deve saber é o pH da sua água.Portanto a água pode influenciar no resultado final da sua cerveja, porém na fabricação caseira não será a água a sua preocupação inicial, pois não inviabiliza a fabricação. Pode-se utilizar água mineral ou da torneira, lembrando-se a água da torneira contém cloro. Isso pode ser resolvido utilizando-se água previamente fervida no processo de fabricação (o cloro evapora).A cerveja artesanal é uma nova realidade que surgiu para ficar tanto para produtores quanto para consumidores. Com uma população de mais de mil cervejeiros artesanais pelo país e incontáveis consumidores, é praticamente certa a tendência de surgirem novas pequenas empresas que se dediquem a empreender na produção de cerveja artesanal.E no contexto atual, como se dá a normatização da produção caseira ou artesanal?Mas qual é a necessidade de normatizar a bebida consumida na cultura humana há mais de 7000 anos, resultado de técnicas de preservação dos alimentos? O ato de transformação de cevada e água em um líquido estável e perdurável, através da ação de leveduras, para posterior disponibilização ao consumo humano só desperta o interesse público na medida em que é colocado ao consumo. Não há nenhuma norma que impeça os cervejeiros artesanais de colocarem em prática os seus desígnios pessoais. À diferença do que ocorreu nos EUA com o Prohibition, aqui a cerveja nunca foi criminalizada, portanto há ausência de qualquer tipo de norma proibitiva quanto a existência do objeto em si.Esse assunto a gente fala no próximo post, acompanhe a gente, deixe seu recado e compartilhe informação com seus amigos.Baitabraço e até o próximo post... PROST!!!!!! Referência: Livro Larousse da Cerveja, Editora Larousse. Site Jusbrasil....
O que falar de um jovem que escolhe pra si, abrir o peito e soltar a voz cantando as coisas do pago que vive. Uma esperança de quem traz na juventude o vigor de poder abrir espaço para o seu canto e tem, no apoio familiar, a estrada sedimentada para crescer e tornar-se conhecido. Esthevam Lima é desses que alça a perna e deixa o vento guiar sua jornada, resolve cantar os seus valores, os pais, avós, tataravós e toda a essência das gerações que criaram um estado chamado Rio Grande do Sul e uma identidade de povo apelidado Gaúcho. Ele decidiu por si que a música faria parte de sua vida e com ela manteria tremulando a bandeira de três cores que pede liberdade, igualdade e humanidade como ele que canta as demandas e histórias da raça crioula e gaúcha.Esthevam é filho da Cláudia e do Jaison, um jovem destemido que assumiu com sua alma pampa o compromisso de cantar os seus valores, de valorizar a sua gente e de manter entonada a própria essência.Que baita trabalho Esthevam, que seja o primeiro de tantos, que merecem a tua voz para dar vida ao momento poético de quem escreveu. Sigas na trilha sem nunca deixar de lado os teus valores....
O Chê cervejeiro veio falar de um tema polêmico: Beber cerveja faz mal ou faz bem?Bueno partimos do princípio que todo excesso faz mal pra alguém ou pra alguma coisa, então não me venha se fazer de morto pra ganhar sapato novo, o artigo não é para te animar a beber sem parar, mas entender que o consumo moderado é benéfico pra saúde e te ajuda até a ter uma vida melhor.A cerveja foi usada para manter a saúde como fonte de alimento (carboidrato) nos povos antigos, tem fonto de silício, açucares, antioxidantes e outros elementos que nos fazem bem.A bebida tem propriedade de fortalecimento dos ossos, pois um estudo americano publicado na revista Journal of the Science of Food and Agriculture comprovou que o silício presente na cerveja, quando consumida moderadamente, auxilia na melhora da densidade óssea, fortalecendo a estrutura corporal.De acordo com um estudo publicado no Clinical Journal of the American Society of Nephrology, a cerveja (consumida moderadamente) pode reduzir em até 40% as chances de desenvolver pedras nos rins.A cerveja tem propriedades antioxidantes que, aliadas aos compostos polifenóis em sua composição e a uma dieta saudável, diminuem as chances de desenvolver o Mal de Alzheimer ou de sofrer Acidente Vascular Cerebral (AVC). É o que concluiu o artigo divulgado no Jornal of Agricultural and Food Chemistry.O consumo moderado de cerveja tem se mostrado um aliado na prevenção de alguns tipos de câncer, devido ao xanthohumol, composto químico presente no lúpulo (insumo básico para a produção da bebida), como aponta estudo realizado no Centro Germânico de Prevenção ao Câncer e divulgado pelo Centro de Oncologia e Hematologia Multihemo.Um estudo espanhol realizado na Universidade de Barcelona, em parceria com o Hospital Clínico de Barcelona e o Instituto Carlos III de Madri, concluiu que o consumo moderado de cerveja (1 caneca por dia) pode auxiliar na diminuição dos níveis glicêmicos e aumentar a sensibilidade à insulina.Um estudo chileno comprovou que a cerveja especial consumida com moderação, ajuda na redução do estresse oxidativo, devido ao seu potencial antioxidante.Um estudo realizado no Japão comprovou que a cerveja pode ajudar a combater gripes e resfriados. Isso graças a um componente do lúpulo chamado humulone, que age contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos principais causadores de infecções respiratórias.Uma pesquisa divulgada pelo Portal Dailymail verificou que o consumo moderado de cerveja pode elevar a fertilidade masculina. A explicação mais aceita para este fato é a redução do estresse entre os pesquisados (homens que estavam se tratando para ter filhos) ao incluir o consumo da bebida na rotina. Fato é que os participantes da pesquisa que consumiram cerveja elevaram em aproximadamente 50% seu potencial de fertilidade.O fato é que no verão, no inverno, com peixe, com churrasco, não tem acompanhamento melhor que um acerveja de qualidade bem gelada e uma música abagualada pra deixar um vivente feliz....
Deuzulivreguarde, que saudade. O Chê cervejeiro não veio falar de música, apesar do título, veio falar de cerveja e cerveja amarga.Credo, não franze a testa nem bota a língua pra fora, fazendo carinha de nojo, cerveja com amargor ressaltado tem seu valor e não é pra qualquer chambão.A cerveja nasceu como uma bebida suave, levemente adocicada, antigamente ela recebia outros aditivos além do malte.Tinha cerveja que recebia mel, outras que recebiam canela, anis, entre outros, tudo isso era feito para adicionar mais sabor ou cor na cerveja. As vezes para aumentar o teor alcoólico também colocavam aditivos.Bueno a cerveja fica adocicada porque nem todos os açucares do malte conseguem ser fermentados no processo de fermentação, esse dulçor deixaria a bebida enjoativa, as pessoas beberiam menos.Como a indiada é loca de esperta, ao longo dos anos foram misturando ervas, condimentos, pata de barata, asa de morcego, pelo de capivara, dente de zorrilho, fazendo de tudo que é esquisitice pra que a cerveja ficasse mais agradável e que desse para tomar bastante, na realidade estavam tentando tornar a bebida mais amarga e de aroma agradável, tipo “Seiva de Alfazema” em pescoço de guayna.Se tratando de criatividade, foram colocando esses yuyos todos até que se encontrou no livro Physica sive Subtilitatum, escrito pela monja alemã Hildegard von Bingen um registro do famoso lúpulo.O lúpulo que é uma flor tem propriedades de conservação e proporciona a bebida além do aroma um amargor que permite sua ingestão sem enjoar pelo efeito da doçura.Depois que descobriram que essa flor mágica tinha todos esses poderes (conservação, aroma e amargor) não deixou mais de fazer parte das receitas de cerveja, toda a bebida produzida tem lúpulo em sua composição.Essa florzinha não é fácil não, ela tornou-se o ingrediente mais caro da receita e tem difícil produção pois demanda cuidados especiais.Voltando ao tema principal, as cervejas buscam adequar-se ao gosto de todos e assim ganham cada vez mais adeptos a degustação da bebida.Para cada estilo há um padrão de amargor e os aficionados por cervejas amargas adoram uma American Pale Ale (APA), uma India Pale Ale (a IPA) ou uma Imperial India Pale Ale.Assim como o doce nos desperta geralmente algo de agradável ao cérebro, o amargo traz repulsa e a combinação desses dois na medida certa nos proporciona prazer ao beber uma cerveja bem gelada.E como se mede o amargor da cerveja?Chê loco pensei que tu não ia perguntar, mas já largo de um upa. O IBU é a medida do amargor de cada cerveja IBU vem do inglês International Bitterness Unit (Unidade Internacional de Amargor), se a indiada antiga descobriu que as flores milagrosas do lúpulo que eram responsáveis pelo amargor, então o grau de amargor de uma cerveja está diretamente ligado à quantidade de lúpulo utilizado na sua produção. Por ser o insumo mais caro para produzir a bebida maravilhosa, quem gosta de cerveja mais amarga acaba tendo que froxá mais a guaiaca e sacar os pila.Como saber se a cerveja é suave, amarga, muito amarga?Bueno te acalma, a gente vai te ajudar, tem uma relação básica que tu pode seguir chê: Quando for comprar tua cerveja olha lá na garrafa ou na latinha e se tiver entre 10 e 15 IBU você tem à mão uma cerveja pouco amarga, com algo próximo de 35 IBU temos o sabor do lúpulo mais realçado. Mais de 40 IBU pode-se dizer que é uma cerveja forte, bem lupulada e, portanto, bem amarga. Quando o IBU ultrapasso o 60, sua cerveja é fumeta, daquelas de dar um gole e pretiá os zóia da gatiada, super lupulada e muito amarga, coisa de quem gosta mesmo.Bueno vai lá e compra uma de cada e experimenta, depois me fala....
Estamos de volta, mas credo, que saudade. O Chê cervejeiro não pode dormir na encilha senão o pingo dispara de toda a pata.
Vamos falar de sabor, amargor, aroma. Sabe aquelas pessoas que dizem ao beber aquela cerveja bem industrializada, com volumes altíssimos de produção: “Bah essa cerveja é muito forte”! Bueno na verdade as papilas gustativas dela é que estão descalibradas ou não sabe o que é forte e fraco na composição de uma bela bebida dos vikings.
Primeiro precisamos explicar que existem vários estilos e tipos de cerveja, com diferentes características como: teor alcoólico, aroma, amargor e cor.
Lembremos que a cerveja é uma bebida fermentada, a base de água, malte, lúpulo e fermento.
Existem basicamente duas grandes famílias de cerveja as Lagers e as Ales, que são diferenciadas pela cor, teor alcoólico e a fermentação. Depois disso vem os estilos e subestilos. É como a maminha por exemplo, tem a assada, a frita na panela, a picada para outro tipo de prato, por aí mais ou menos.
As Lager são cervejas de maior teor de carbonatação, por esse motivo mais atraente ao público em geral. O fermento atua sobre a bebida com temperaturas mais baixas, entre 6 e 12 graus.
A mais queridinha e conhecida de todos da família das Lager é a Pilsen (Pilsner), como a composição da cerveja já falamos anteriormente, essa é a mais difundida porque o insumo mais barato para as cervejarias que é a água tem grande espaço nessa cerveja, afinal ela é clara, com baixo corpo e fácil de beber. Além da maioria ter um amargor baixo, sendo aceita pelo grande público.
Nessa família ainda tem: American Lager, Premium Lager, Helles, Dortmunder Export e a Japanese Rice Lager.
No estilo Dark Lager, que são cervejas escuras, temos: Munich Dunkel, American Dark Lager, Malzbier, Schwarzbier e as Bock com a Tradicional Bock, Doppelbock, Helles Bock e as European Lager: Vienna e Marzen Lager.
A família das Ale, que tem um processo de fermentação em temperaturas mais elevadas (entre 15 e 24 graus) em curtos cinco dias.
As Ale foram as queridinhas até meados do século XIX perdendo seu posto apenas quando inventaram as cervejas de baixa fermentação, conhecida também por fermentação quente, desperta os variados sabores dos conteúdos da cerveja, lúpulo, e frutas se tornam mais acentuados.
São cervejas mais encorpadas e o seu sabor varia entre o doce ao amargo e sua cor também acompanha o ritmo variando das mais claras até as mais escuras. Por estas razões é que existem diferentes sub estilos dentro da Ale, tamanho é o seu poder de variação.
Estilos da família das Ale: American Pale Ale, English IPA, American Amber Ale, American Strog Ale e as com trigo.
Nas estilo Trigo temos as de fermento puro e as láctea. Nesse estilo temos a Weissbier, Hefeweizen, Dunkelweizen, Weizenbock, Witbieer e a Berliner Weisse.
Ainda temos as mais escuras, estilo Porter e Stout. A Stout traz consigo ainda a Dry Stout, American Stout, Sweet Stout, Oatmeal Stout e a Russian Imperial Stout.
Por último temos a família Lambic, classificada como uma terceira categoria nos tipos de cerveja por sua fermentação, que é espontânea e causa pelas leveduras selvagens do ambiente. Suas características estão mais interligadas às regiões em que são fabricadas e também seus tanques de produção são abertos. Sim, algo bem natural e até rústico.
São cervejas claras, ácidas e também maturadas em madeira. Seu gosto é mais azedo e seu aroma vai desde os frutados aos cítricos e são consideradas o tipo de cerveja mais antigo existente no mundo.
Nessa família temos: Gueuze, Faro, Fruit Lambic e a Straight Lambic.
Bueno essa é uma migalha da quantidade de informação que o mundo do Chê cervejeiro pode trazer pra vocês. Seja qual o estilo, cerveja forte não tem a ver com cerveja amarga, isso é coisa do lúpulo, mas que servirá de papo pra uma próxima conversa... Gela a goela e te afirma gelatina!!!!
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Buenas, como estão? Pois já aviso de soslaio, te para quieto, te abanca e te ajeita que a prosa é buena, diria que é de dar água na boca e sede nos ossos. Se tiver umas latas ou garrafas na geladeira, põe no congelador por uns minutos pra tomar depois de ler.
Sim estamos falando do suco de cevada, extrato de malte e lúpulo, carboidrato alcóolico, a boa e velha cerveja.
Mas Che, quem descobriu a cerveja?
Perguntinha nada fácil de responder, até porque tem tanta resposta que é difícil de validar a correta.
Alguns historiadores dizem que a cerveja não foi invenção humana, mas uma descoberta proporcionada pelo acaso. Dizem que lá pelos anos 9.000 antes do cristo, quando a humanidade deixou de vagar tipo tropeiro sem tropa e aprenderam a guardar grãos para se alimentarem, semearam a terra e passaram a cultivar cereais como a cevada e o trigo.
Acredita-se (ou seja, é tudo fruto do achismo puro) que os grãos que não podiam ser consumidos crus, eram macerados e colocados em água, para descansar. A água passou a adquirir um gosto adocicado e saboroso, logo em seguida ao ser estocado em grande quantidade, os últimos vasilhames tinham sofrido processo de fermentação e além de um gosto agradável, dava uma sensação prazerosa aos que bebiam, era o efeito do álcool no organismo.
Bueno uns tal de Sumérios, povo ali da Mesopotâmia, logo ali depois das curva e umas léguas de campo, pois dizem que esses paysanos valorizavam a produção da cerveja. Inscrições feitas em pedras foram encontradas e nelas há esculpida em relevo, numa peça conhecida como Monumento Blau (4000 a.C.) mostra a cerveja sendo oferecida à Deusa Nin-Harra.
Os Egípcios aprenderam a fabricar cerveja (se é bom tem mesmo que aprender) e passaram a usá-la diariamente como uma extensão da alimentação.
Quem difundiu a cerveja pelo mundo foram os Romanos, que moviam seus exércitos conquistadores por toda a parte, menos aqui pras bandas de Guaíba senão eles iam se dar mal, levaram medo e ficaram lá pelo velho mundo, com eles a bebida seguia aliada aos alimentos nas campanhas de conquistas.
Os Gauleses que receberam a herança histórica foram os responsáveis pelo nome a bebida. Eles denominavam de “cerevisia” ou “cervisia”. O nome era uma homenagem a Ceres a deusa da agricultura e da fertilidade.
Alguns atribuem a descoberta da cerveja às mulheres, pois elas eram responsáveis de tratar os grãos para alimentar seu povo, o fato é que a bebida se tornou universal e é cada vez mais consumida mundo a fora.
Hoje em dia no Brasil estamos aprendendo a saborear cervejas sem aditivos, valorizando as cervejas que não misturam milho e arroz (cereais não maltados) em sua fabricação, dando o legítimo gosto que nossos antepassados nos legaram e, por tradicionalistas, não podemos deixar de manter a tradição viva....
Buenas, a Radioregional.net oferece, através desse espaço, oportunidade para que eu possa trazer assuntos diversos aos nossos ouvintes que agora tornam-se também nossos leitores. A intenção é tratar de assuntos diversificados que envolvam o cenário do Rio Grande do Sul e quiçá da América Latina.
Esqueci de me apresentar, meu nome é Mário Terres, sou radialista dessa rádio maravilhosa e apresento o programa Folclore Sem Fronteira todos os sábados das dez ao meio dia e meio. Atuo na cena nativista e tradicionalista desde 1982, também sou industriário, professor da escola técnica e cervejeiro artesanal, junto com meu compadre (não nominarei, pois está em campanha).
A cerveja artesanal teve um crescimento no país desde a virada do século, mas hoje em dia o sul se destaca, das 889 dessas cervejarias nacionais, 186 delas são gaúchas e continua crescendo esse número. Os dados são do Anuário da Cerveja, levantamento que mostra um crescimento impulsionado pela mudança do paladar dos consumidores. Chega de arroz, milho e outras invenções para aumentar a lucratividade, o gaúcho já entende que qualidade e preço são variáveis da mesma equação, preferindo beber cervejas que não “aditivam” o produto e entregam sabor com qualidade ao cliente.
Em nossa cidade temos vários cervejeiros que fazem em casa sua própria cerveja e temos também a cervejaria Reculuta, além de referência na região, com diversos tipos de cerveja para ofertar aos consumidores, traz o nome do festival que elevou o nome dessa cidade no cenário tradicionalista.
A cerveja artesanal tem algo de especial em sua concepção, além das receitas trazerem fidelidade ao néctar preferido dos vikings e dos germânicos, ao fazer sua própria cerveja, o cervejeiro nunca ou geralmente nunca faz sozinho. Tem sempre um churrasco, um ou mais amigos e tá feita a junção.
Muitas dessas cervejarias ou micro cervejarias nascem de uma cerveja em casa. Ideia de amigos que foi se desenvolvendo e viram empreendimento.
Basta ter sua receita, buscar o estilo preferido, comprar os insumos e mãos a obra, bota as panelas no fogo, ajuste a densidade, busque a cor que te agrada e aguarde o fermentador fazer sua parte. Prepare seu primer, envase e agora meus amigos, esperem gelar e apreciem.
Não há como descrever a satisfação e alegria em beber sua própria cerveja, aprender a degustar, os diversos sabores e estilos, as variações na composição, nos processos, é um mundo à parte que encanta e traz a tona aquilo que falamos anteriormente sobre preço e qualidade.
O grande e renomado escritor Ricardo Bueno tem um projeto chamado “Cervejarias Gaúchas – A Revolução”, retratando as cervejarias que visitou e pode entrevistar seus precursosres.
Churrasco e cerveja artesanal gaúcha, pra que combinação melhor de gauchismo que essa.
Quer saber mais do assunto, acompanhe nossas postagens e contribua com sua opinião. Saúde!!!
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